The Crawl

Don't go and lose your face at some stranger's place

Into the void

É uma merda quando o destino nos troca as voltas, precisamos de alguém e não o temos, e somos obrigados a ficar sozinhos. É pior quando a nossa própria companhia não é a mais agradável, porque vulnerável e hesitante, tornando mais propício aderirmos à via mais fácil e imediata: sempre a descer. E o facto de já conhecermos essa sensação, sendo o seu sabor já habitual, torna ainda mais triste o facto de sabermos que voltará a repetir-se.

Party boy? Not really

Em casa:

"Continua a sair assim e a não dormir nada, que se ficares com um esgotamento depois não penses que sou eu que te aturo!"

Boa noite

Apesar do irritante barulho dos tambores ou djambés ou o que era, dos três filmes interrompidos e de estares doente, gostei de estar contigo, garçon ;)

A primeira vez (reprise)

É favor ler primeiro o post anterior.

Posto isto, duas noites depois dessa meti-me noutra, onde para além do espaço nocturno pouco mais mudou. A sensação de estar ali a mais foi ainda mais evidente e desconfortável, já que desta vez só estava mesmo eu a fazer de vela. Há noites em que o melhor é simplesmente não sair de casa, mas pelos vistos não aprendi nem à primeira nem à segunda.

Um dia depois: Muitas vezes, uma boa conversa (mesmo que por msn) resolve quase tudo, como acabou por ser o caso, por isso espero que este tipo de equívocos parem por aqui, enough is enough...

A primeira vez

Há sempre uma para tudo. Neste caso, foi a de ter saído à noite só com pessoal gay e ido a um bar/disco direccionado para o mesmo público. A primeira parte correu bem, com deambulações pelo bairro, copos, conhecidos e conhecidos de conhecidos (mas felizmente nenhum conhecido meu).
Já a segunda, a do local propriamente dito, foi mais memorável mas por piores motivos. Entre estes, inclui-se um espaço claustrofóbico dominado por uma faixa etária já bem elevada e música de dança que não destoaria numa feira, entre a venda de meias, pulseiras e cobertores.
A gota de água foi mesmo quando o rapaz com quem tinha saído se ter atirado a outro na pista, o que não foi propriamente reprovável, já que me parece que estamos naquele estado entre o conhecido e o potencial amigo (ou algo mais? nem sei...), mas deixou-me algo surpreendido, inclusivamente comigo próprio, por ter sido atacado pelo monstrinho verde do ciúme.
Entre a apatia de evitar o envolvimento ou de correr os riscos da aproximação, ainda prefiro a segunda hipótese, pena é ser por vezes tão desagradável.

Solta, e ainda bem

A nossa Nelly está crescida e faz questão de o mostrar a toda a gente. Em "Loose", o seu terceiro álbum, a lusodescendente mais famosa da pop aderiu à produção de Timbaland e o resultado é um disco de Verão que, se ainda é irregular como os anteriores, é também o mais conseguido.

Canções certeiras como "Maneater", "Glow", "No Hay Igual" ou "Promiscuous" (vídeo abaixo) fazem com se perdoem as baladinhas da praxe, até mesmo a chatíssima colaboração com Juanes (a menina Furtado ainda tem de escolher melhor algumas companhias). E depois há a reviravolta visual, a provar que o sexo vende, mas admita-se que o talento também ajuda.

A letra escarlate

Será que a passagem de "A Letra L" pela 2: vai limitar-se à tímida e repentina exibição da primeira série? Era uma pena que assim fosse, já é suficientemente mau suportar o final de "Sete Palmos de Terra", quanto mais perder este sex and the city goes lesbian...

Silly season

Someone saw you by the waterside
Nothing you can do will change her
This is not the time for secrets
Save your breath
It's time for sex with strangers
It's time for sex with strangers
It's time for sex with strangers
You may be sex with someone else

Completely empty
You have nothing left inside
Bored, you thought you'd try a little danger
But now you have betrayed yourself
It's time for sex with strangers
It's time for sex with strangers
It's time for sex with strangers
Time for sex with someone else

She wants to run away and hide
Nothing you can do will save her
She thought she knew you
You knew how much you felt
But now it's sex with strangers
But now it's sex with strangers
But now it's sex with strangers
Time for sex with strangers

But now it's sex with strangers
Now it's sex with strangers
But now it's sex with strangers
Now it's time for sex with someone else

"Sex With Strangers"
Marianne Faithful

À terceira ainda não é de vez

Já estreou há umas semanas "X-Men - O Confronto Final", a última parte da trilogia que encerra (ou não?) as aventuras dos mutantes mais famosos do mundo no cinema.
O filme é melhor do que esperava, porque afinal Brett Ratner até se aguenta bem atrás das câmaras e, mesmo não tendo o talento de Bryan Singer, que assinou os dois episódios anteriores, consegue atar as várias histórias incluídas no argumento. Não deslumbra, mas dentro dos blockbusters lançados este ano está acima da média.

Agora o que não se percebe é como é que, entre tantas novas personagens, não foram capazes de incluir uma das melhores do universo X, Gambit. Eu sei que o Wolverine é que tem fama de ser o mais cool e carismático e tal (e nada contra Hugh Jackman), mas o cajun era capaz de lhe fazer frente se fosse interpretado por um actor à altura.
Difícil seria escolher o candidato que preenchesse todos os requisitos, alguém tem sugestões?

É a vida... (e a morte)

Mais um grande episódio, como quase sempre, cheio de cenas de antologia. Só por esta série já vale a pena aguardar pelas segundas-feiras, ainda bem que regressou, nunca o disfuncional foi tão real. Será que vou chorar quando acabar?

Ser ou não ser...

Hum, só 26%?? Este teste (sacado no MYXPLus) não me parece muito fidedigno...

Eu vou

Tem passado despercebido, mas "Vem Comigo", um pequeno filme de Clement Virgo, até é uma proposta com algum interesse. Não traz muito de novo, ao seguir a relação de dois jovens que começam por se conhecer através de contactos sexuais e cuja ligação se adensa progressivamente, mas e realização e a banda-sonora dão-lhe uma atmosfera conseguida e a abordagem é fresca e leve.

E depois há o factor eye candy, já que os (aprazíveis) protagonistas Eric Balfour (que participou na série "Sete Palmos de Terra") e Lauren Lee Smith dão, literalmente, o corpo ao manifesto. Hoje em dia, as cenas de sexo do filme dificilmente chocarão alguém, mas fica o aviso de que são susceptíveis de deixar as hormonas aos saltos.

Yeah!

Sometimes I think that I'm bigger than the sound

Relação a três

Karen O. e os seus dois companheiros voltaram e quase nem parecem os mesmos, mas continuam em boa forma, pois "Show Your Bones", dos Yeah Yeah Yeahs, é já um dos bons discos indie rock de 2006. "Gold Lion", o primeiro single, não engana ninguém.

Vamos ao cinema?

Entre 30 de Março de 2 de Abril, a rede ex aequo organiza, na Videoteca Municipal de Lisboa, o 3 º Ciclo de Cinema LGBT, dando a conhecer filmes inéditos entre nós que têm em comum o facto de focarem questões ligadas à da homossexualidade, bissexualidade ou transgenderismo.
Não se perde nada em passar por lá, até porque a entrada é gratuita e as sinopses dos filmes têm potencial. Mais informações aqui.

Novos talentos

Depois de passar pela publicidade, pela moda ou por filmes muito, muito maus como "Komodo", Kevin Zegers entra directamente para a lista de jovens actores norte-americanos a ter debaixo de olho pelo seu desempenho no recomendável "Transamerica". Toda a gente fala da excelente interpretação da Felicity "Dona de Casa Desesperada" Huffman, no difícil papel de transsexual, mas Zegers faz de Toby uma personagem não menos complexa e densa. O filme já chegou cá há umas semanas e vale a pena.

Song to Say Goodbye

If I could tear you from the ceiling
And guarantee a source divine
Rid you of possessions fleeting
Remain your funny valentine

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind

If I could tear you from the ceiling
I know best have tried
I'd fill your every breath with meaning
And find a place we both could hide

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind
You don't believe me
But you do this every time
Please don't drive me blind
Please don't drive me blind

I know you're broken
I know you're broken
I know you're broken

If I could tear you from the ceiling
I'd freeze us both in time
And find a brand new way of seeing
Your eyes forever glued to mine

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind

And please don't drive me blind
And please don't drive me blind
And please don't drive me blind
And please don't drive me blind

I know you're broken
I know you're broken
I know you're broken

"Blind"
PLACEBO

Adeus, Pedro, terás sempre aqui um amigo ()

E assim acontece...

Apesar da rapariga da foto ser Reese Witherspoon, não é colocada aqui a propósito do seu novo filme, "Walk the Line" (embora seja um dos que merece destaque), mas porque a actriz apareceu-me há umas noites, estava eu a meio de um tranquilo sono.

O sonho em questão, esse, foi tudo menos tranquilo, mas como isto não é a Maria nem a Ana + Atrevida, vou evitar descrições pormenorizadas. Sim, foi desses que estão a pensar, e não estava à espera, o que me fez reconsiderar algumas questões.
E eu que pensava que aos vinte e poucos anos já estaria tudo organizadinho, pois sim. Mais desenvolvimentos (ou não) em breve, que ainda não perdi a capacidade de me surpreender (sobretudo comigo mesmo)...

Heartbroken

Amor, amizade, confiança, companheirismo, cumplicidade... Compreendo que não diga o mesmo a toda a gente, mas a mim disse muito. Belo filme.

Ano novo, vida nova?

Hoje, no emprego:

- Boas notícias, pessoal, parece que o "Crash" é que venceu tudo nuns prémios de cinema que houve ontem e o "Brokeback" foi corrido a zeros!
- "Brokeback Mountain", aquele dos cowboys gay?
- Pois, esse.
- Uff, vá lá...

E em casa:

- Vejam isto, duas raparigas que querem casar!!
- Credo, que ridículo!
- Há com cada parvoíce...

Nú

i confess that in 2005 i:

LOVE

(x) stayed single the whole year.
( ) got your first kiss
(x) kissed someone new
( ) made-out for the first time
(x) made-out in/on a car
( ) kissed in the snow
( ) kissed in the rain
(x) fell in love (não foi bem mas quase)
( ) fell in love with a fool
(x) had your heart broken
( ) broke someone else's heart
(x) had a stalker
( ) had a good relationship with someone
(x) questioned your sexual orientation
( ) came out of the closet
( ) gotten pregnant
( ) gotten someone else pregnant
( ) had an abortion
( ) gotten married
( ) had a divorce
( ) had a gay marriage
(x) kissed someone of the same sex
(x) dated someone you'll never forget
(x) done something you've regretted
( ) lost your true love
(x) lost faith in love (às vezes, às vezes...)
( ) kissed under miseltoe

WORK/SCHOOL

( ) got a promotion
( ) got a pay raise
( ) changed jobs
( ) lost your job
( ) quit your job
( ) dated a co-worker
( ) dated your boss
( ) dated your boss' daughter/son
( ) got fired from your job
( ) got straight A's
( ) met one teacher you really like
( ) met one teacher you really hated
( ) found the subject you love
( ) failed a class
( ) cut class
( ) skipped school
( ) got into a fight with a classmate
(x) did something you were proud of
( ) discovered a new talent
( ) gave the teachers a reason to teach
( ) proved yourself an idiot
( ) embarassed yourself in front of the class
( ) fell in love with a teacher
( ) got a lead in the school play
( ) made a varsity team
(x) were involved in something you'll never forget
( ) got sent to the office

OTHER

(x) painted a picture
( ) wrote a poem
( ) ran a mile
(x) listened to music you couldn't stand
( ) double-dipped
( ) skinny-dipped
( ) went to a sleepover
(x) went to camp
( ) threw a surprise party
( ) laughed till you cried
( ) laughed till you peed in your pants
(x) flirted shamelessly
(x) visited a foreign country
(x) visted a foreign state
( ) cooked a disasterous meal
(x) lost something important to you
(x) got a gift you adore
(x) realized something new about yourself
( ) went on a diet
( ) tried to gain weight
( ) dyed your hair
( ) came close to losing your life
(x) someone close to you died
(x) went to a party
(x) drank alchohol
( ) drank alchohol underage
( ) did (a) drug(s)
( ) got drunk
( ) got arrested
( ) read a great book
(x) saw a great movie
( ) saw a movie so scary that it made you cry
(x) saw your favorite band/artist live
(x) saw someone famous in person
(x) did something you want to tell everyone
(x) Enjoyed this year overall.

Pronto, já me conhecem melhor... :P

Tudo ou nada

Como dizem os Strokes, numa das canções do novo disco (e uma das poucas que vale a pena, infelizmente), hoje "I've got nothing to say". Do you?

Fantasmas

Têm passado por mim e eu por alguns deles... Aparições repentinas, fortuitas, inesperadas, diferentes na forma mas semelhantes no tipo de presença (ou antes, de ausência).

Nesses breves momentos consigo tocá-los, e eles a mim, mas há sempre algo de intangível, mesmo quando tudo parece tão próximo e transparente, e é isso que acaba por ficar e sedimentar-se, com espectros já incontáveis mas sem efeito, ou com um efeito placebo, inócuo.

O bom soldado

Já chegou a salas nacionais o novo filme de Sam Mendes, o realizador de "Beleza Americana" e "Caminho Para a Perdição".

Jake Gyllenhaal, um dos novos grandes actores norte-americanos, é o protagonista deste relato do dia-a-dia de um grupo de soldados durante a Guerra do Golfo, e se à partida "Máquina Zero (Jarhead)" parece apenas mais um filme de guerra a sua perspectiva, entre o drama verosímil e o humor sarcástico, consegue acrescentar algo ao género, a que não é alheia a boa prestação de todos os actores (em especial a do principal) e a excelente vertente visual, com algumas sequências de génio (a chuva de petróleo é de antologia).

Sem dúvida uma das boas obras em cartaz, a aguçar curiosidade para a presença de Gyllenhaal no muito aclamado "Brokeback Mountain" (que estreia já no próximo mês).

2005: um concerto

Billy Corgan na Aula Magna

2005: um disco

Silent Alarm (dos Bloc Party)

2005: um filme

Maria Full of Grace

2005: uma série televisiva

Desperate Housewives

E por aí, quais os vossos vícios saudáveis do ano passado?

E depois da morte?

Não é um grande filme, muito menos uma obra-prima, mas é um dos mais bizarros e peculiares em cartaz.
Refiro-me a "Odete", a segunda longa-metragem de João Pedro Rodrigues, cineasta que se confirma como um dos mais interessantes do cinema português recente.

Dificilmente será um filme que agrade a toda a gente, pois os limites entre o ridículo e o poético são bastante ténues em alguns momentos, mas é um poderoso retrato da solidão, de amores amargurados e da forma como se reage à morte de alguém muito próximo.

Ana Cristina de Oliveira e Nuno Gil, que interpretam os dois protagonistas, não são actores excepcionais mas conseguem desempenhos credíveis, e o argumento, banda-sonora e realização também convencem.

Na retina ficam algumas imagens marcantes e eventualmente controversas (pela crueza com que se filma o sexo, a obsessão ou o lado mais obscuro da noite lisboeta, em particular a da cultura gay) e uma melancolia que só alguns filmes são capazes de emanar.

É bom ver que entre propostas comerciais e banais como "O Crime do Padre Amaro" ou pretensiosas e balofas como "O Fatalista", de vez em quando também há boas surpresas nacionais como "Odete". Um filme recomendando, claro, mas é preciso estar disponível para o entender.

Lágrimas de crocodilo

Já que estamos em vésperas de eleições, recomendo a leitura deste artigo de opinião sobre um dos candidatos às presidenciais, com o qual concordo em absoluto. Haja alguém que diga umas verdades de vez em quando...

A mecânica da carne

I'm not in love, but I'm gonna fuck you 'til somebody better comes along.

Sempre a subir...

Apesar de ainda não ter feito um mês (faz amanhã, dia 7), o BrainTicket já teve mais de 1000 visitantes, o que me deixa bastante satisfeito, pois pressupõe que há quem se identifique minimamente com o que vou dizendo por aqui (e até conto já com alguns visitantes habituais).

Foi uma surpresa "excitante", que me incentiva a continuar, ainda que não saiba muito bem o que irá passar-se por aqui. Conto convosco para o descobrir (verbo algo dúbio, tendo em conta a foto) e aceitam-se sugestões, pedidos ou reclamações. Ah, e obrigado pela visita :)