It's party time!

É verdade, 2005 está a chegar ao fim e a habitual euforia (para alguns...) do ano novo aumenta cada vez mais.

Foram 12 meses onde descobri algumas coisas sobre mim e os outros, com muitas experiências novas, o que trouxe incontornáveis alegrias e tristezas, but hey, that's life! Algumas delas encorajaram-me, por exemplo, a criar este blog, possibilitando assim expressar uma parte de mim pouco óbvia (julgo eu) no dia-a-dia, e com a qual tenho aprendido a lidar desde há uns meses (ou anos?), na procura de uma maior estabilidade e, sobretudo, prosperidade emocional.

Mas já é dia 31 e o ambiente não é propício a grandes introspecções, caso contrário a festa de logo à noite pode ficar ameaçada, e isso é que não pode ser! Só espero que não me façam perguntas "difíceis" (sim, essas mesmo) se jogarmos ao "verdade ou consequência". Anyways, boas entradas para todos e um excelente 2006 ;)

Na foto, Paul Denton festeja com um "amigo". A minha festa não deve ser bem assim, mas vou esforçar-me para que valha a pena :)

Eles andam aí...

"Um em cada 10 portugueses é homossexual ou bissexual", foi este o subtítulo de uma notícia que li logo ao início da tarde, na primeira viagem de hoje pela net.

«De acordo com a sondagem sobre os hábitos sexuais dos portugueses, realizada através de questionários anónimos e confidenciais, "cerca de um milhão de portugueses (9,9 por cento) revelam ser homossexuais e bissexuais", indica a revista Única do Expresso.

No inquérito, realizado a maiores de 15 anos, "sete por cento afirmam ser homossexuais, 2,9 por cento bissexuais e 90,1 heterossexuais". Estes valores são semelhantes aos de outros países europeus, como a Espanha ou a Grã-Bretanha.», revela o artigo da SIC Online.

Ao que parece, trata-se então de uma imensa minoria. Confesso que não esperava um número tão elevado, mas também não me surpreende, e assim sendo sou um dos que se incluem nos 2,9. Depois desta notícia é que muita gente vai passar a ter ainda mais a dúvida do "Será que...?".

Ah, a foto é do filme "Odete", que já vi e recomendo.

Fantasmas em Lisboa

Chega hoje a salas nacionais um dos filmes que aguardava com maior expectativa neste final de ano, “Odete”, de João Pedro Rodrigues, o realizador cuja obra anterior, “O Fantasma”, foi uma das primeiras longas-metragens mais inclassificáveis e ousadas que o cinema português viu em muitos anos.

Neste seu segundo filme, o cineasta promete apresentar mais perspectivas densas e pessoais sobre a solidão, o amor, a homossexualidade e a morte, e as realistas atmosferas urbanas, um dos trunfos da obra anterior, parecem manter-se aqui, mostrando uma Lisboa como raramente se vê no grande ecrã (ou no pequeno). Espero ver em breve e não sair desiludido, e vocês?

Enquanto não vejo o filme, vou lendo as entrevistas ao realizador publicadas hoje no DN e no JN ou o artigo especial do all of me.

Acordado a más horas...

Quando o sono insiste em não aparecer, como me acontece agora, há uma série de coisas que se pode fazer para enfrentar a insónia. Blake, o rapazito da foto de ar inofensivo e olhar a la Jude Law, tem um passatempo eficaz para lidar com a falta de sono, mas infelizmente não está aqui para o partilhar comigo. Sorte a do Dale...

Ah, cuidado que o link é xxx-rated :P

Ainda há (boas) histórias de amor...

Interessante, este pequeno filme norte-americano, "Shopgirl" (cuja tradução para português, "Uma Rapariga Cheia de Sonhos", não lembra a ninguém).

Bem escrito e interpretado, contém comédia e drama em doses equilibradas, e se não é um dos indispensáveis do ano pelo menos foge a registos estereotipados e é um bom exemplo de como abordar as relações humanas com inteligência e intensidade.

E basta um olhar da sempre irrepreensível Claire Danes para que o filme valha a pena (Steve Martin e o weirdo Jason Schwartzman também por lá andam) e figure entre as boas surpresas deste final de ano, ainda que sujeito a passar despercebido no meio de tantos filmes típicos da quadra.

Feliz Natal (e absolutamente fabuloso)!

Não tenho tido muito tempo para actualizar o blog, mas não quis deixar de desejar um bom Natal a todos os que têm passado por aqui (e aos que não têm também).

Boas festas e divirtam-se :)

A Madonna de nuestros hermanos

Madonna está de volta, e é difícil não dar por ela, pois "Hung Up" é uma daquelas canções que parece estar em todo o lado e adapta-se a qualquer local, da discoteca mais chunga à mais in, do metro ao supermercado, já para não falar da rádio e televisão.

Ainda por cima, "Confessions on a Dancefloor" nem é um álbum de se deitar fora, e a cada audição parece tornar-se mais irresistível, recuperando ambientes dançáveis onde o passado e o futuro se interligam com surpreendente eficácia.

Mesmo assim, quem já estiver cansado (e quem não estiver, como eu) do primeiro single e do disco pode sempre dar uma espreitadela (e, já agora, audição), a este novo talento que toma a rainha da pop como referência. Põe-te a pau, Madonna, que nos dias de hoje a concorrência é feroz...

(Link retirado daqui)

Novos talentos

Em relação a este texto, faltou dizer que a personagem de Paul Denton é (muito bem) encarnada por Ian Somerhalder, um dos mais jovens e talentosos novos actores norte-americanos.

Apesar de algumas experiências no teatro amador, Ian tornou-se mais mediático devido a trabalhos como modelo para a Versace ou Calvin Klein, mas recentemente a sua carreira tem sido mais dedicada à interpretação, como o comprovam as participações em "Uma Casa, Uma Vida" ou "As Regras da Atracção", este último o que lhe proporcionou um papel de maior relevo, assim como na popular série televisiva "Lost - Perdidos", onde aprimorou o seu o olhar magnético e misterioso.

Começa bem e, convenhamos, o rapaz tem presença, não?

O Steve Sandvoss que me desculpe, mas o Ian Somerhalder arrisca-se seriamente a roubar-lhe o estatuto de mascote deste blog. Admito que a escolha é difícil...

As Regras da Solidão

Paul Denton, bissexual, jovem adulto universitário, tem um quotidiano carregado de solidão, à semelhança das outras personagens do (óptimo) filme "As Regras da Atracção", onde Roger Avary faz um retrato venenoso e corajoso da juventude actual, inspirando-se no livro homónimo de Bret Easton Ellis.

Ambíguo e hesitante, Paul é o mais amargurado dos protagonistas, um cruzamento de inocência e lascívia que se complementam e defrontam, juntando o sonho e o desejo, a ilusão e a perdição.

Quando não está sozinho, está com qualquer outro, mas por mais que tente o ciclo vicioso faz com que tudo volte à situação inicial, e a solidão volta a ser o seu pesadelo e, simultaneamente, o seu fiel porto de abrigo. Ele não sabe, mas não é um caso único...

O Homem (enfim, rapaz) duplicado

Da forma como as coisas estavam a correr, onde atitudes cada vez mais levianas e irreflectidas prevaleciam sobre tudo o resto, algo assim teria, inevitavelmente, de acontecer...

Afinal, já tenho idade para saber que não devo confiar em quem não conheço, e menos ainda em quem tinha acabado de ver pela primeira vez (e última? assim espero).

Em poucos minutos podem colocar-se em causa vários anos, um percurso sem nódoas visíveis a olho nú, uma imagem de responsabilidade e equilíbrio (apenas aparente? por vezes, mas aparente ainda assim).

O espelho quase foi partido, o que tornaria uno aquele que, desde há algum tempo, parece estar dividido. A imagem daí resultante não seria a mais agradável, assim como não o foi o que ocorreu hoje.

Sim, às vezes toda a gente perde mesmo a pose, e hoje foi a minha vez. O que se espera? Um novo rumo, ou pelo menos repensar o actual.

Ah, e como nem tudo pode ser mau (por enquanto), obrigado, Pedro, és o meu confidente preferido ()

(O pin up da foto é este rapazito, que promete transformar-se na mascote do blog)

Amaro, apetece-me algo...

"O Crime do Padre Amaro", de Carlos Coelho da Silva, não é bem um filme mas consegue ser um dos motivos que tem levado muitos portugueses ao cinema (e que, segundo consta, está quase a ultrapassar o recorde de "Tentação" em espectadores).

A mim, esta obra pareceu mais uma oportunidade para juntar alguns actores conceituados (sim, os do costume), outras tantas caras mediáticas (da SIC) que não se sabe muito bem o que fazem ali e um argumento que de Eça já terá pouco, mas como a banda-sonora tem muito hip-hop, who cares?

Está bem, já vi pior, e mesmo assim os dois pin ups protagonistas impedem que o sono domine a sessão, embora o talento que mais se destaca não seja propriamente o interpretativo (mas sempre deu para constatar que Soraia Chaves, ainda que no papel de uma "pecadora", é bastante abençoada; e que Jorge Corrula tem um dom natural para cenas onde use roupa interior).

Enfim, é um daqueles que se vê só para dizer que se viu... Se calhar uma versão mesmo XXX teria sido mais interessante (e até podiam manter o par principal) :P

Playing Depeche

I still believe in love at first sight, nothing's impossible.

Futeboys

O futebol nunca me interessou, mas se calhar o problema era mesmo meu, porque afinal até parece ser um desporto que congrega vários tipos de jogos. Os dois rapazes acima parecem divertir-se, está explicado porque é que há tantos a aderir... E eu que julgava que eles gostavam era de marcar golos e assim. Depois o bailado é que tem a fama, pois claro...

Sing him happy birthday

Parabéns, Urbanboy... Em vez da canção tradicional neste dia dedico-te esta, que até é capaz de te agradar mais, não? Afinal, this is our song ;)

I still recall the taste of your tears.
Echoing your voice just like the ringing in my ears.
My favorite dreams of you still wash ashore.
Scraping through my head 'till I don't want to sleep anymore.

Come on tell me.
You make this all go away.
You make this all go away.
I'm down to just one thing.
And I'm starting to scare myself.
You make this all go way.
You make this all go way.
I just want something.
I just want something I can never have

You always were the one to show me how
Back then I couldn't do the things that I can do now.
This thing is slowly taking me apart.
Grey would be the color if I had a heart.
Come on tell me

In this place it seems like such a shame.
Though it all looks different now,
I know it's still the same
Everywhere I look you're all I see.
Just a fading fucking reminder of who I used to be.

I just want something.
I just want something I can never have
I just want something I can never have

Think I know what you meant.
That night on my bed.
Still picking at this scab
I wish you were dead.
You sweat and perry ellis.
Just stains on my sheets.

"Something I Can Never Have"

Nine Inch Nails

Ri-te, Jude, ri-te...

Às vezes, toda a gente perde a pose...

Vivam a festa!

Viciante, sedutora, esgrouviada, dançável, por vezes cansativa, assim é a música dos belgas Vive La Fête, onde a electrónica retrofuturista se cruza com o french touch e é um potente incentivo aos movimentos do corpo, e, com o estado de espírito certo, da mente.

“Grand Prix”, o álbum mais recente, é prova dessa eficácia, uma companhia certeira para uma noite de festa que já se mostrava contagiante em “Nuit Blanche”, editado há dois anos.

Por cá ainda não têm uma aura de culto tão forte como os conterrâneos dEUS, mas se continuarem assim merecem atingi-la.

E, claro, a postura decadente contudo magnética da vocalista Els Pynoo tem muito mais piada do que a do Tom Barman...

Hello (and goodbye) Stranger

Uma fugaz, mas óbvia, troca de olhares foi, como já vai sendo habitual, o suficiente.

Não era propriamente bonito, mas também não se pode dizer que fosse desagradável à vista.
Nos beijos saiu-se bem, fazia-o com efervescência e intensidade, talvez fosse do nervosismo por estarmos sujeitos a que alguém saísse do centro comercial e nos interrompesse, o que, decididamente, não seria propício, sobretudo quando já estávamos ambos razoavelmente confortáveis no corpo um do outro, com parte da roupa em vias de se disseminar pelas escadas.

Era um risco, sim, mas como ao longo de vários andares o silêncio era apenas quebrado pelos nossos sussuros, geralmente discretos mas nem sempre controláveis, os estilhaços de racionalidade que sobreviviam à alvorada da carnalidade incentivaram-nos a continuar.

O final era previsível, e foi tão rápido e certeiro como o início. Repetir, desenvolver, aprofundar? Eventualmente... “Trocar e-mail? Não vou muito à Internet, a gente vê-se por aí, porta-te bem.”, foi a resposta que me deu, e simultaneamente uma das poucas frases pronunciadas entre (mais) um contacto tão efémero quanto fortuito, um aparente intervalo num vazio que voltou a revelar-se vencedor.

E porque não?

E já que se referiu "Brokeback Mountain" no post anterior, Jake Gyllenhaal, um dos co-protagonistas do filme, revelou que para além de talentoso ("Donnie Darko" ou "Sonhos Desfeitos" são provas irrefutáveis) é open-minded e tem bom sentido de humor ao ser confrontado com rumores acerca da sua suposta bissexualidade. A sempre atenta secção de fait divers do IMDB revela tudo.

O rapaz sabe o que diz, não deve ser por acaso que é o par actual da não menos estimulante Kirsten Dunst, por isso é natural que por enquanto a curiosidade ainda não o desafie muito.

Todo Bom Rapaz

Steve Sandvoss, actor em ascensão em Hollywood, parece ser mais do que um pretty boy. Foi aluno de Harvard, fez teatro, estudou poesia, chinês e literatura americana e até escreveu ensaios e críticas em alguns periódicos.

Quem? Bem, por aqui ainda não é muito conhecido, mas participou na série "Nip/Tuck" e foi um dos protagonistas de "Latter Days", filme meio indie meio mainstream sobre a cada vez mais em voga temática gay, que não foi tão falado como "Brokeback Mountain", de Ang Lee, mas não deixa de ser uma obra de culto.

Ficamos à espera de mais, por agora está aprovado, não? :P

I Can Relate

Alcoholic kind of mood
lose my clothes, lose my lube
cruising for a piece of fun
looking out for number one
different partner every night
so narcotic outta sight
what a gas, what a beautiful ass.

And it all breaks down at the role reversal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.
And it all breaks down at the first rehearsal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.

Kind of buzz that lasts for days
had some help from insect ways
comes across all shy and coy
just another nancy boy.
Woman man or modern monkey
just another happy junkie
fifty pounds, press my button
going down.

And it all breaks down at the role reversal
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.
And it all breaks down at the first rehearsal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.

Does his makeup in his room
douse himself with cheap perfume
eyeholes in a paper bag
greatest lay I ever had
kind of guy who mates for life
gotta help him find a wife
we're a couple, when our bodies double.

And it all breaks down at the role reversal
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.
And it all breaks down at the first rehearsal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.

And it all breaks down at the role reversal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.
And it all breaks down at the first rehearsal,
got the muse in my head she's universal,
spinnin' me round she's coming over me.